A Física Médica na Radioterapia Aplicada no Tratamento do Câncer
Exploraremos, neste artigo, o fascinante casamento entre a Física Médica e a Radioterapia, uma aliança vital na busca pela cura do câncer. Desde os primórdios da descoberta dos raios X por Wilhelm Conrad Roentgen, a influência da física na eficácia do tratamento tornou-se inegável. Vamos aprofundar-nos na aplicação dos princípios físicos no contexto da Teleterapia e Braquiterapia, destacando os pioneiros que moldaram essa disciplina.
Física Médica na Teleterapia
A Teleterapia, pilar da Radioterapia, é intrinsecamente ligada à Física Médica. A precisão dos feixes de radiação direcionados aos tumores depende da compreensão detalhada dos princípios físicos. A medida da dose absorvida pelos tecidos, é uma aplicação crucial da Física Médica. Com a dosimetria há garantia de tratamentos eficazes e seguros.
Além disso, os aceleradores lineares, fundamentais na Teleterapia moderna, são produtos da engenharia física e médica colaborativa. A capacidade de modular a intensidade dos feixes de radiação, controlando a profundidade e a área de tratamento, exemplifica a sinergia entre a física e a prática clínica.
A Física no Nível Molecular
Já na Braquiterapia, a física assume um papel ainda mais específico. A colocação estratégica de fontes radioativas no interior ou adjacente ao tumor exige uma compreensão profunda da distribuição da dose de radiação em escala molecular. A Física Médica desempenha um papel crucial na modelagem tridimensional da dose, otimizando a eficácia terapêutica e minimizando os efeitos colaterais.
Um Pouco da História
É notória que a utilização da radiação como terapia no tratamento do câncer tem uma história que remonta a mais de um século, iniciando-se com a descoberta dos raios X por Wilhelm Röntgen em 1895. Emil Grubbe, de Chicago, possivelmente foi o primeiro físico americano a empregar os raios X contra o câncer a partir de 1896. O crescimento do campo da radioterapia nos anos 1900 foi impulsionado pelo trabalho pioneiro de Marie Curie, vencedora do Prêmio Nobel, que descobriu os elementos radioativos polônio e rádio em 1898, inaugurando uma nova era na pesquisa e tratamento médico.
Na década de 1920, os perigos da exposição à radiação eram pouco conhecidos. A radioterapia, inicialmente aplicada em diversas doenças, era percebida como tendo amplos poderes curativos devido às propriedades do rádio. No entanto, com o desenvolvimento de tecnologias de imagem, como ressonância magnética na década de 1970 e tomografia por emissão de Pósitrons na década de 1980, a radioterapia evoluiu dos tratamentos iniciais para a intensidade de feixe modulada e guiada. Os aceleradores lineares, surgindo desde os anos 1940, começaram a substituir as antigas unidades de cobalto e raios X nos anos 1980, oferecendo energias mais altas e feixes mais colimados.
Conclusão
Por fim, a Física Médica na Radioterapia é a espinha dorsal que sustenta a eficácia e segurança dos tratamentos contra o câncer. Da Teleterapia à Braquiterapia, a aplicação dos princípios físicos molda cada aspecto do processo, garantindo avanços contínuos. Ao homenagear pioneiros como Russell Morgan e John Cunningham, reconhecemos a importância da física na trajetória da Radioterapia e, por conseguinte, na jornada em direção à cura do câncer.
Saiba mais sobre a Radioterapia acessando o site do Instituto nacional do Câncer.